quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Beba à Brasileira em Portugal


Vai viajar para Portugal? Então o café A Brasileira, no Chiado, é uma paragem obrigatória.
Fundada em 1905 por um brasileiro produtor de café, Adriano Telles, é uma casa com grande tradição histórica, decorada com pintura moderna portuguesa. Era frequentada por artistas de renome. António Soares, de 42 anos, afirma que "A Brasileira é o café do grande poeta Fernando Pessoa, era onde passava as tardes em tertúlias com outros intelectuais da época." O escritor até teve direito a uma estátua, "tornando-se uma referência", garante António. Situada na esplanada do estabelecimento, cria uma relação de proximidade pelos clientes que lá passam para beberem a bica, termo que nasceu de uma história caricata. Uma vez, um cliente reclamou o sabor do café, dizia que não era o mesmo. O dono do café ao ouvir tal queixa, mandou o empregado trazer uma bica, ou seja, uma chávena de café tirada directamente do saco e não da cafeteira, pois era a forma de não perder o gosto e o aroma.
Hoje em dia A Brasileira é frequentada por pessoas de todas as idades. Ao final da tarde e à noite é a camada mais jovem que domina o espaço, pois situa-se numa zona histórica, com bom ambiente e incluída no roteiro da noite lisboeta. Tal como Diogo Andrade, de 20 anos, afirma "gosto de frequentar a Brasileira porque me oferece um ambiente calmo e de elevada qualidade que procuro num bom café, onde posso confraternizar e partilhar ideias com os meus amigos".
Por isso se quer provar o "genuíno" café do Brasil, não se esqueça de ir a Portugal.
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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Fumaça não atrapalha público de café


No café À brasileira, localizado na Rua Uruguai, 310, em Porto Alegre, fumantes e não-fumantes convivem em paz. Ao contrário de muitos estabelecimentos, no À brasileira não há uma área isolada para fumantes, vedada por portas de vidro, onde pessoas impacientemente dão tragadas de pé. Nele, o espaço destinado aos fumantes começa na porta de entrada e se entende ao longo do café, restando a parte dos fundos para os não-fumantes.

Segundo uma das sócias, Ana Paula Fernandes Sousa, essa divisão ocorreu quase que naturalmente. Como o local é frequentado por pessoas reunidas em grandes grupos, sempre há quem não dispense um cigarro após um expresso ou carioca. É o caso do aposentado Vitor Hugo Parnasque e de seu irmão, o funcionário público Homero Parnasque, que visitam o À brasileira quase que diariamente, há 3 anos. “Café e cigarro são casados há muito tempo. Não podem, simplesmente, se divorciar”, afirma Vitor Hugo.

Os amigos Dalberto Rios e Carlos Aberto Figueiredo, que conseguiram largar o cigarro, garantem que não se sentem tentados a fumar nos momentos em que acompanham os Parnasque. “Na verdade, eu fumo a fumaça deles. Sai bem mais barato”, diverte-se Carlos Alberto.

Enquanto isso, um pouco incomodadas pela fumaça, a atriz de teatro Tânia Farias e a estudante Marta Haas trocam de mesa: saem da área de fumantes e entram na de não-fumantes. Ambas respeitam o espaço e a escolha dos que fumam e não veem problema em ter que procurar um ambiente longe da nicotina. “A área de não-fumantes do À brasileira não parece um aquário. Fica nos fundos, mas é arejada. Tem até um jardim”, afirma Tânia, com uma xícara de descafeinado nas mãos.

O À brasileira é frequentado principalmente por profissionais do centro de Porto Alegre que escolhem o lugar para uma pequena pausa no expediente. Para Ana Paula, a melhor coisa de trabalhar ali é a convivência com os clientes mais assíduos, pois “acaba se criando uma relação afetiva com algumas pessoas.”